Cantador e sanfoneiro, filho de Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus, nascido no dia 13 de dezembro de 1912, Luiz Gonzaga Nascimento passou a infância na fazenda Caiçara, três léguas do município de Exu (cidade situada a 603 quilômetros de Recife, com pouco mais de 30 mil habitantes), no sertão pernambucano ajudando o pai a consertar sanfonas ou trabalhando na roça. Aos dezessete anos comprou uma harmônica (instrumento musical) e começou a se aperfeiçoar. Pensou em casar com Nazinha, filha de Raimundo Delgado, homem rico da região. Não consentiram e Luiz acabou levando uma surra de Dona Ana. Humilhado, fugiu para o Crato e de lá para Fortaleza. Em 1930 alistou-se no Exército onde passou dez anos. Deu baixa e foi aportar no Rio de Janeiro onde passou a se apresentar de sanfona nos cabarés da Lapa.
Sabendo que o rádio era o melhor vínculo de divulgação musical daquela época (corria o ano de 1941) resolveu participar do concurso de calouros de Ary Barroso onde solou sua música “ Vira e Mexe” e ganhou o primeiro prêmio. Isso abriu caminho para que pudesse vir a ser contratado pela emissora Nacional.
Em 03 de abril de 1971, o irmão Luiz Gonzaga é iniciado na Maçonaria, na A.R.L.S. "Paranapuan" Nº 1477, chegou ao Grau de Mestre Maçom, em 05 de dezembro de 1973.
A música "Acácia Amarela" nasceu em 1981. O irmão Luiz Gonzaga, achando oportuna uma homenagem musical à Maçonaria, elaborou a letra e o tema musical. O irmão Orlando Silveira deu algumas sugestões e harmonizou a melodia. Concluído o trabalho, a gravação foi feita em 19810, e incluída no elenco do CD "Eterno Cantador", da etiqueta "BMG-RCA", com arranjo de "Orlando Silveira e execução vocal de Luiz Gonzaga".
O Grande Arquiteto Do Universo nos seus desígnios, requisitou o irmão Luiz Gonzaga para uma outra missão.
Sofrendo de Neoplasia Maligna (Câncer de Próstata Metastático?), passou 410 dias internado no "Hospital Santa Joana", na cidade de Recife. Agravados seus males físicos, viajou para o Oriente Eterno numa madrugada de agosto de 1989, com 76 anos de idade, em conseqüência de parada cardíaca por pneumonia.
Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo como nordestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião). Talvez por isso tudo tenha chegado onde chegou. Era a representação da alma de um povo...era a alma do nordeste cantando sua história...E ele fez
Principe Egler