VOCÊ ACREDITA NISSO?

ISSO EXPLODE?

Um inocente bueiro, sem ninguém esperar, pode explodir, fazendo com que a tampa voe a uma altura de até 15 metros. Isso está acontecendo recentemente no Rio de Janeiro, deixando muita gente assustada, além de mortos e feridos.

As explosões que estão acontecendo no Rio de Janeiro ano passado e esse ano já feriram várias pessoas. Alguns turistas dizem que a cidade do Rio virou um “campo minado”, pois a qualquer momento pode acontecer uma explosão desse tipo, ferindo ainda mais gente.
O pesquisador sênior e coordenador do Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental da Coppe/UFRJ, Moacyr Duarte, em entrevista publicada no site da UFRJ, diz que as explosões de bueiros no Rio de Janeiro são causadas principalmente por responsabilidade das companhias elétricas, mas isso dificilmente ficará comprovado publicamente, porque os laudos das investigações nunca são publicados.
Moacyr também diz que o governo precisa fazer um mapeamento da rede subterrânea para que esse tipo de acidente não se repita. O pesquisador afirma que não há um mapa subterrâneo do Rio de Janeiro, e ninguém sabe ao certo por onde os dutos e fios passam, e que é comum o uso dos dutos ser compartilhado entre empresas de energia, gás, esgoto, telefonia, metrô, águas pluviais, etc. O que aumenta ainda mais a necessidade de um mapeamento, pois sem este não há como detectar qual empresa gerou o problema.
Isso acontece por causa da acumulação de gás que ocorre dentro dos bueiros. Esse gás surge quando algum fio que está corroído aquece o material que o isola. Os fios ficam corroídos por causa das mordidas de ratos ou da corrosão causada por determinados produtos. O gás acumulado cria pressão e esta arremessa a tampa do bueiro a uma distância que pode ser impressionante. Esse gás acumulado é inflamável, e uma faísca qualquer causa uma gigante explosão. Quanto maior a acumulação de gás.
Essas explosões acontecem pelo mesmo motivo que um motor de carro pode explodir. Se combustível, como a gasolina, for colocado em um motor de combustão interna com movimento alternado, grande quantidade de energia se libera a partir da explosão.
O motor trabalha em ciclos. Primeiro o de admissão, onde a válvula de admissão se abre para que o combustível e o ar entrem no cilindro, depois o de compressão, onde um pistão comprime a mistura entre gasolina e ar, para facilitar a combustão, depois o de explosão, quando a vela emite uma faísca para acender o combustível, e a carga explode, e finalmente o ciclo de exaustão, quando a válvula de exaustão se abre os restos da reação acontecida (gases) são lançados para fora pelo escapamento.
Em um motor de carro, a explosão faz que o gás empurre o pistão que gera movimento. Em um bueiro, a mesma faz com que o gás acumulado empurre a tampa.